A Federação Paulista de Futebol (FPF) anunciou o início de uma investigação detalhada após duas jogadoras denunciarem um árbitro por comentários sexistas durante uma partida do futebol feminino no Brasil.
O incidente ocorreu no minuto 65 do duelo entre Red Bull Bragantino e São Paulo, quando a jogadora Stella Terra, do Bragantino, começou a fazer sinais com os braços em direção ao quarto árbitro. Ela cruzou os braços e indicou o juiz central, Juliano José Alves Rodrigues.
Segundo Stella Terra, o árbitro «se virou para mim e disse: ‘Quando chegar a hora certa, eu vou te pegar’.» A jogadora afirmou que sua companheira de equipe, Aline Milene, do São Paulo, também ouviu os comentários preconceituosos e sexistas do árbitro sobre as atletas.
«Não passei por isso porque estávamos perdendo o jogo. Todos ouviram os discursos prejudicados e sexistas sobre as jogadoras do Red Bull Bragantino e do São Paulo.»
Stella Terra explicou que o sinal que fez com os braços era um protocolo acordado com a própria federação, a ser utilizado «em qualquer momento e diante de qualquer prejuízo».
Após a denúncia, a FPF repudiou «atitudes preconceituosas, discriminatórias ou desrespeitosas» e informou que iniciou uma investigação detalhada sobre os fatos. A federação afirmou que o futebol paulista deve ser um espaço seguro, inclusivo e respeitoso para todos os envolvidos.
O Red Bull Bragantino também se manifestou, afirmando que apoia e se solidariza com as denúncias feitas pelas jogadoras e repudia qualquer atitude discriminatória, aguardando os resultados da investigação.
Este episódio evidencia a persistência do preconceito e do machismo no futebol, mesmo em competições femininas. A investigação da FPF é um passo importante para coibir tais práticas e garantir um ambiente mais justo e igualitário no esporte.
